
A cadeia produtiva do turismo de Belo Horizonte está comemorando os re- sultados obtidos de janeiro a julho de 2019. O Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB) anunciou que a cidade aumentou sua ocupação hoteleira em 6,5% no período. Com esse número, fica mais próximo o alcance da meta estabe- lecida pelo planejamento estratégico da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG), que é ter até o fim do ano uma taxa de ocupação de 60% na Capital.
Desde 2014, o parque hoteleiro de Belo Horizonte sofre com uma grave crise de demanda. A inaugura- ção recorde de unidades habitacionais para atender os hóspedes que viriam para a Copa do Mundo Fifa naquele ano e para os Jogos Olímpicos, em 2016, coincidiu com a mais gra- ve crise econômica vivida pelo Brasil desde a década perdida de 1980.
O resultado mais re- levante observado pelo estudo foi a ampliação da Receita por Unidade
Habitacional disponível, ou RevP AR, com alta de 27,8%. A pesquisa aponta também que, após queda de sete anos seguidos no valor da diária média hoteleira da cidade, houve aumento de 20% – em 2018, o valor havia sido de R$ 172,81, enquanto 2019 registrou R$ 207,34 no preço médio da diária.
Para o CEO da rede Samba Hotéis, Guilherme Castro, os resultados são importantes para dar sus- tentabilidade aos negócios. “Na tentativa de segurar os hóspedes durante a crise, os hotéis foram baixando os preços, mas isso, com o tempo, se torna insusten- tável. Temos um custo de operação e se não temos receita não somos capazes de fazer reinvestimentos e, muito menos, de remunerar nossos investidores. Dessa forma o empreendimento e o mercado fica inviável, afastando investimentos”, explica Castro.
Também nesse sentido a gerente de Contas da rede Nossos Hotéis, Gabriela Ro- cha, comemora a retomada do valor médio das diárias, embora Belo Horizonte continue sendo a capital com o menor valor.
“A ocupação cresceu, mas o mais importante no resultado de janeiro a julho foi a recuperação das diárias médias. No Actuall (em Contagem) o aumento foi de 12,5% e no BHB (região Nordeste de Belo Horizonte), 15,74%. Esse resultado está mais ligado a estratégia do que à ocupação e também a uma união maior do trade para sustentar uma diária maior e o resultado foi bom. Os hotéis têm uma limitação de atendimento e se a receita cai impede o reinvestimento, inviabi- lizando o negócio. Além disso, no período foram realizados muitos eventos importantes como Carnaval e congressos médicos que ajudaram no resultado”, avalia Gabriela Rocha.
Perspectivas – Caminhando para um fechamento de ano satisfatório, as redes já miram o futuro. No Actuall, todos os apartamentos pas- sarão por retrofit no próximo ano e o centro de convenções vai receber um novo sistema de ar-condicionado. Já o
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